Monitoramento em tempo real da propagação de microfissuras em placas de interconexão de alta densidade por meio da tecnologia de emissão acústica
1. Princípios e aplicabilidade da emissão acústica (EA)
A Emissão Acústica detecta ondas de tensão elástica de alta frequência (20 kHz–1 MHz) emitidas durante a deformação ou falha do material. Em placas HDI, a propagação de microfissuras (decorrentes de tensão térmica/mecânica) gera sinais de EA característicos. Principais vantagens:
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Alta sensibilidade: Detecta iniciação de trincas submicrométricas;
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Capacidade em tempo real: Monitora a evolução dinâmica de fissuras sem tempo de inatividade;
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Localização: Matrizes multissensores com algoritmos TDOA alcançam resolução de rachaduras em 3D (precisão de ±2 mm).
2. Projeto do sistema e parâmetros-chave
(1) Configuração do sensor
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Seleção de sensor:
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Sensores piezoelétricos de banda larga (por exemplo, PAC R15α, 50–400 kHz);
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Sensores MEMS miniaturizados (
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Layout da matriz:
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Grades ortogonais ou conjuntos de anéis (espaçamento de 10–30 mm) cobrindo zonas críticas (juntas BGA, vias).
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(2) Aquisição e pré-processamento de sinais
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Hardware:
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DAQ de alta velocidade (≥10 MS/s, faixa dinâmica ≥80 dB);
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Filtros passa-banda (20–500 kHz) para suprimir ruído de baixa frequência.
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Supressão de ruído:
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Sensores de referência para cancelamento de ruído ambiental;
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Transformadas wavelet para isolar sinais de rachaduras.
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(3) Extração e classificação de características
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Parâmetros-chave: Amplitude, tempo de subida, energia, contagens;
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Assinaturas de crack: Rajadas de alta amplitude com energia sustentada.
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Reconhecimento de padrões:
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Algoritmos SVM/CNN para diferenciar rachaduras de eventos falsos (fibras de estanho, fadiga de solda).
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3. Modelos de propagação de fissuras em tempo real
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Dinâmica de fissuras:
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Os parâmetros AE (energia cumulativa, taxa de eventos) modelam o crescimento de fissuras (lei de Paris modificada:);
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A análise de agrupamento identifica os estágios da trinca (iniciação, crescimento estável, fratura instável).
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Previsão de vida útil:
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Integre dados FEA e AE para prever limites de RUL e falha.
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4. Validação e Calibração
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Técnicas síncronas:
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Correlacionar sinais AE com geometria de fissura via DIC ou micro-CT;
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Monitoramento em tempo real durante o ciclo térmico (-55–125°C, JEDEC).
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Calibração:
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Fissuras artificiais (entalhadas a laser) para banco de dados de sinais;
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Fractografia SEM para confirmar fontes de sinal AE.
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5. Desafios e Soluções
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Desafio 1: Ruído ambiental:
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Solução: Algoritmos ANC + filtragem multissensor;
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Desafio 2: Atenuação de sinal em estruturas densas:
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Solução: Guias de onda ou sensores focados em alta frequência;
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Desafio 3: Sobreposição de sinais de múltiplas rachaduras:
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Solução: Separação cega de fontes (por exemplo, ICA).
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